Será que é o único caminho?
Eu sei que não sou propriamente uma "opinion maker", mas tenho algo a dizer sobre o referendo que se vai realizar no dia 11 de Fevereiro. Vou já esclarecer que vou tentar me distanciar, o máximo possivel, dos meus valores e ideais e concentrar-me em algumas reflexões sobre o único caminho que é "falado", a saber: o aborto.
Mas será que só existe esse caminho, essa opção? Quando o mal está feito é que querem emendar o problema?! Esta questão não é um problema da moral, mas sim de saúde pública. Estamos a falar de uma operação cirurgica com riscos para a saúde da mulher e não estou a referir-me aos abortos clandestinos, mas sim os realizados em instalações de saúde apropriadas. A raspagem que é feita ao utero da mulher pode inviabilizar futuras gravidezes. A operação pode correr mal e matar a paciente, por isso é que assina um termo de responsabilidade. Esta intervenção não é "pêra doce", como alguns partidos e movimentos politicos querem passar. Claro que é mais segura que os abortos clandestinos, mas tem a sua cota de riscos para o corpo da mulher.
Em segundo, esta é uma medida de redução de riscos mas não de prevenção à gravidez não desejada. Mas será que alguém tentou implementar medidas de prevenção, em escolas, nos centros de saúde, nos bairros e nos média? NÃO.
O horário para fazer planeamento familiar é durante a tarde, as adolescentes que não queiram dizer aos pais que têm uma vida sexual activa não vão, porque têm de faltar às aulas e depois lá vai a directora de turma (dentro do seu direito) ligar para o encarregado de educação e pronto o "caldo está entornado".
Os preservativos que estão disponiveis fora das farmácias são muito caros e os miudos preferem gastar o dinheiro em shots e não em preservativos.
Existem tantas variáveis e influências que ajudam a gerar este problema social, que são as gravidezes não desejadas, que a apresentação de uma única solução parece muito simplista e pobre.
Mas isto é a minha singela opinião.
Mas será que só existe esse caminho, essa opção? Quando o mal está feito é que querem emendar o problema?! Esta questão não é um problema da moral, mas sim de saúde pública. Estamos a falar de uma operação cirurgica com riscos para a saúde da mulher e não estou a referir-me aos abortos clandestinos, mas sim os realizados em instalações de saúde apropriadas. A raspagem que é feita ao utero da mulher pode inviabilizar futuras gravidezes. A operação pode correr mal e matar a paciente, por isso é que assina um termo de responsabilidade. Esta intervenção não é "pêra doce", como alguns partidos e movimentos politicos querem passar. Claro que é mais segura que os abortos clandestinos, mas tem a sua cota de riscos para o corpo da mulher.
Em segundo, esta é uma medida de redução de riscos mas não de prevenção à gravidez não desejada. Mas será que alguém tentou implementar medidas de prevenção, em escolas, nos centros de saúde, nos bairros e nos média? NÃO.
O horário para fazer planeamento familiar é durante a tarde, as adolescentes que não queiram dizer aos pais que têm uma vida sexual activa não vão, porque têm de faltar às aulas e depois lá vai a directora de turma (dentro do seu direito) ligar para o encarregado de educação e pronto o "caldo está entornado".
Os preservativos que estão disponiveis fora das farmácias são muito caros e os miudos preferem gastar o dinheiro em shots e não em preservativos.
Existem tantas variáveis e influências que ajudam a gerar este problema social, que são as gravidezes não desejadas, que a apresentação de uma única solução parece muito simplista e pobre.
Mas isto é a minha singela opinião.
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