segunda-feira, janeiro 19, 2009

Resposta à campanha anti-Deus


Um motorista de autocarros Cristão recusou-se a conduzir autocarros com um anúncio que declara "Provavelmente Deus não existe."

Falando à BBC Radio Solent, Ron Heather disse que sentiu "choque" e "horror" com o slogan nos anúncios quando compareceu para trabalhar no Sábado passado.

Os anúncios foram colocados pela Associação Humanista Britânica em autocarros por todo o Reino Unido com o apoio do proeminente professor ateu Richard Dawkins. Eles proclamam: "Provavelmente Deus não existe. Pare já de se preocupar e goze a sua vida."

Heather regressou ao trabalho na Segunda-feira com a operadora de autocarros First Bus, que disse que iria tentar garantir que ele não teria de conduzir autocarros que tivessem os anúncios.

"Eu estava mesmo prestes a entrar e lá estava ele, bem à minha frente. A minha primeira reacção foi de choque e horror", disse Heather à BBC Radio Solent.

"Eu senti que não podia conduzir o autocarro, disse isso aos meus directores e eles disseram que não tinham outro e eu pensei, ‘o melhor é eu ir para casa’, e então fui mesmo", disse ele. "Acho que foi a rudeza deste anúncio que insinuava que Deus não existe."

Os posters ateus vêm em resposta a uma série de campanhas publicitárias Cristãs nos autocarros e cartazes publicitários de Londres, nomeadamente os que foram realizados pelo Curso Alpha, cujos cartazes perguntavam, “É isto tudo?” e “Se Deus realmente existisse, o que lhe pediria?”

Os Cristãos saudaram em geral os anúncios ateus, dizendo que eles proporcionam uma oportunidade para falar sobre Deus.

A Directora de Espiritualidade e Discipulado da Igreja Metodista, a Reverendo Jenny Ellis, disse: "Esta campanha será uma coisa boa se levar as pessoas a envolverem-se com as questões mais profundas da vida ... o Cristianismo é para pessoas que não têm medo de pensar sobre a vida e o seu sentido."

O director da junta consultiva Cristã Theos, Paul Woolley, disse que os anúncios “dificilmente seriam um grande conforto para aqueles que estão preocupados com perderem os seus empregos ou casas com a recessão."

“E o que é que ela nos diz para fazermos quando pararmos de nos preocupar?” prosseguiu ele. “Oferecermo-nos como voluntários? Darmos dinheiro a instituições de caridade? Fazermos campanha pelo meio ambiente? Não. Diz para nos divertirmos. Seria difícil arranjar uma mensagem mais egocêntrica do que esta.”

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